Câmara de Anchieta realizou o 1º Seminário Anchietense de Apropriação do Plano de Recursos Hídricos do Rio Benevente

A Câmara Municipal de Anchieta, através da Comissão Especial da Crise Hídrica formada pelos Vereadores Válber Salarini (PSDB), Merinha (PSB) e Tereza (PV) realizou na última sexta-feira (07) das 08h30 às 11h, o “1º Seminário Anchietense de Apropriação do Plano de Recursos Hídricos do Rio Benevente”.

07 de agosto de 2015 às 00h00. Atualizado a 2 horas e 49 minutos atrás.

Câmara de Anchieta realizou o 1º Seminário Anchietense de Apropriação do Plano de Recursos Hídricos do Rio Benevente

 

 

A Câmara Municipal de Anchieta, através da Comissão Especial da Crise Hídrica formada pelos Vereadores Válber Salarini (PSDB), Merinha (PSB) e Tereza (PV) realizou na última sexta-feira (07) das 08h30 às 11h, o “1º Seminário Anchietense de Apropriação do Plano de Recursos Hídricos do Rio Benevente”.

 

O Presidente da Câmara Municipal de Anchieta, Jocelém Gonçalves de Jesus, abriu os trabalhos saudando a todos com as boas vindas e falou sobre a importância do evento, fez uma análise do tempo para apontar possíveis causas da crise hídrica sentida pela população do município, no início deste ano, que por efeito levou centenas de moradores a protestarem parando o trânsito na principal ponte da cidade, sobre o Rio Benevente.

 

O Presidente da Comissão Especial da Crise Hídrica, Vereador Válber Salarini, destacou que a chamada crise hídrica não fique restrita somente aos órgãos públicos ou a empresa responsável pelo abastecimento, mas que deve agregar as comunidades.

 

O Presidente do Comitê da Bacia do Rio Benevente, Sinval Rosa da Silva, esclareceu sobre o funcionamento e a importância do Comitê, e os trabalhos que levaram a formulação do Plano de Recursos Hídricos.

 

A Diretora de Planejamento da AGERH, Andressa Pinto, falou sobre a Agência e seu principal papel no combate da crise hídrica no Estado.

 

O Gestor do Pólo Integrado de Piúma e Anchieta da Cesan, Eduardo José de Souza, esclareceu sobre as ações da empresa no município, sobretudo, os principais enfrentamentos da crise como o abastecimento emergencial, transposição de água, desvio da água, abastecimento setorizado, implantação de elevatória, abertura de poços profundos, melhorias no esgoto sanitário, investimento em andamento e estudos.

 

Por fim, Eduardo deixou claro que: “O enfrentamento da crise hídrica não é rápida e não é fácil”.

 

Houveram grandes intervenções com a participação popular, como também a cobrança dos serviços da Cesan no município.

 

O representante do MEPES Joel Duarte Benisio cobrou resultados das propostas debatidas na reunião de fevereiro - evento que reuniu cerca de duzentas pessoas no auditório da prefeitura de Anchieta com integrantes do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Benevente, representantes do Governo do Estado, prefeitura de Anchieta, prefeitos dos municípios vizinhos, ONG’s e sociedade organizada.

 

“Até agora não sabemos nada sobre as ações das propostas da reunião - a preservação dos mananciais, os investimentos em programas de preservação da água, mais incentivo na criação de áreas protegidas, a revisão na autorização da abertura de valas e os investimentos no sistema de captação de água”, cobrou Joel Duarte.

 

O Padre Firmino Costa Martins aproveitou o momento para falar e entregar, aos palestrantes e a Comissão Especial Hídrica, o Projeto “Se essa nascente fosse minha” que conta como apoiadores e organizadores a professora Maria Helena Rauta Ramos, Incaper, Mepes, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Secretaria Municipal de Agricultura, Secretaria Municipal de Governo, Sindicato dos Trabalhadores Rural de Piúma e Anchieta, Comuna Verde, Associação de Pescadores de Ubu e Paratí e Associação de Moradores da Chapada do A.

 

A professora Maria Helena Rauta Ramos, também falou sobre a crise hídrica, sobretudo, afirmou que a estiagem não é só um fenômeno natural do planeta e sim um fenômeno social.

 

“A crise hídrica que se espalhou é um fenômeno produzido, ou seja, em especial pelo desmatamento e que já era prevista há 15 anos”, afirmou Rauta.

 

A professora ainda disse que a abertura de poços é uma solução imediata, mas que a verdadeira solução seria o reflorestamento das nascentes.

 

A Assessora Especial da Secretaria Estadual da Ciência, Tecnologia e Inovação, Alacir Ramos, colocou a Secretaria a disposição sobre o tema.

 

O diretor de operação do Interior da Cesan, Carlos Fernando Martinelli, proferiu palavras no término do Seminário reforçando a tese de que a Cesan não é dona do Rio Benevente, mas sim usuária.

 

Sobre o esgotamento, Martinelli afirmou a existência de uma proposta de retirar a estação de tratamento existente e, o projeto ainda está na fase final, a mesma remonta valores vultosos e que ainda tem que viabilizar recursos.

 

“A nova estação de tratamento levará algum tempo”, afirmou Martinelli.

 

Sobre os contratos de concessão existente, o diretor de operação afirmou ser precário perante a Lei de 2007.

 

“O Município precisa aprovar o Plano Municipal de Saneamento Básico que envolve água, esgoto, drenagem e resíduos. Água e esgoto que envolve a concessionária tecnicamente podemos apoiar, mas, quem que dá a partida é o município”, disse Martinelli.

 

Segundo informações do diretor, o Plano Municipal teve um prazo em 2010 e passou para 2014, e 2016, mas que até o momento o município ainda não teria apresentado.

 

“Não pode ser colocado na conta da Cesan toda essa problemática”, disparou Martinelli.

 

O evento contou com o apoio da Agência Estadual de Recursos Hídricos, do Comitê da Bacia do Rio Benevente e da Cesan (Companhia Espírito Santense de Saneamento) teve como principal objetivo ampliar o alcance dos debates realizados em sede do Comitê de Bacia e do Poder Público Municipal de Anchieta. Também pretendeu levar o debate técnico e político ao alcance da população, ao setor produtivo (empresário e agricultores) e demais interessados, reunindo dados e esforços para aperfeiçoar os trabalhos do Poder Legislativo. Dessa forma o evento veio ao encontro dos interesses das comunidades abastecida pela Bacia do Rio Benevente, especialmente do cidadão anchietense.

 

Segundo o Presidente da Comissão Especial da Crise Hídrica, Válber Salarini, o evento foi um sucesso e que já está sendo preparada a agenda para o 2º Seminário. Ele ainda agradeceu a todos que estiveram envolvidos na organização, e principalmente ao público que compareceram em grande numero ao evento.

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