Secretário comenta saúde pública de Anchieta
Terça-feira, 27 de julho de 2010
Luciana Pimentel
19h45
O secretário municipal de Saúde, Fayer Fonseca, esteve na Câmara Municipal na noite desta terça-feira (27) e falou aos presentes sobre conceito de saúde, fases da história natural das doenças, projetos que tiveram êxito em 2009, mudanças na estrutura das unidades e atenção primária.
Ele vibrou com a entrada do município entrou no AMQ (Avaliação de Melhoria da Qualidade) que avalia os serviços em saúde da família – apenas 30% das cidades conseguiram entrar. Fayer apresentou o Plano Diretor da Atenção Primária, que desenvolve a capacidade institucional – ele lembrou pela primeira vez na história a geração de filhos viverá menos que os pais.
Gestão participativa, com profissionais e comunidades das decisões, e a criação de comitês gestores para o fortalecimento dessa prática, também foram citados pelo secretário. Fayer frisou que a atenção primária é o carro chefe de Anchieta, com cerca de 90% dos atendimentos nessa área e que a municipalidade fará maiores investimentos nos consórcios municipais de saúde.
Redes de atenção a nível regional, rede de urgência e emergência, PA em nível regional, equipamentos, rede de saúde da mulher e de saúde mental – vazio em todo o Estado, além da compra de medicamentos e apoio nos diagnósticos, foram outros assuntos abordados durante a explanação.
Ao final, o secretário discorreu sobre modelos de atenção crônica no mundo. "Fazer sempre o mesmo não provoca o resultado esperado e o Sistema Único de Saúde (SUS) merece reflexões, repercussões devem ser revistas, porque o modelo atual não é satisfatório. Alguns estados já adotaram novas medidas", lembrou ele.
Após a explanação de Fayer, Geovane Meneguelli (PRP) questionou o entrosamento entre secretaria e consórcio municipal de saúde. Fayer explicou ao parlamentar que o consórcio recebeu emenda para a construção de sede própria, capacidade de cadastrar em nível nacional e assumir determinados serviços, como cirurgias, consultas e transporte.
Dalva da Matta Igreja (PDT) se mostrou preocupada com o serviço de alta complexidade, que ainda não existe, e o transporte adequado para os pacientes que precisam ser atendidos na Grande Vitória e em Cachoeiro de Itapemirim. O secretário lembrou que vai tentar fechar todo o laço de prontuário e encaminhamento correto dos pacientes, como forma de o paciente ter acesso a um sistema todo integrado.
Celém (PMDB) cobrou a construção de um hospital regional, como forma de unir em um só lugar todas as demandas da sociedade na área da saúde. "Nós temos que melhorar o sistema de saúde e não ficar falando o que foi de errado no passado. Tudo tem que ser melhorado e ter uma continuidade, profissional da saúde tem que saber trabalhar de uma forma correta, porque queremos uma saúde digna para o nosso povo", disse o presidente da Casa.
Para Edinho de Souza (PV), a integração é fundamental para o sucesso de projetos na área da saúde. "O cara da saúde não resolve nada sozinho. Meio ambiente, educação e segurança tem que estar integrados com a saúde, não adianta trabalhar cada caso de uma forma diferente, o caso da dengue exemplifica muito bem isso. Fica aí a sugestão, porque sozinho ninguém vai a lugar nenhum", lembrou o vereador.
Já o vereador Válber Salarine (PSDB) frisou a obrigação do Governo de trabalhar a saúde antes que a doença chegue e criticou a postura atual do Estado, que segundo ele é omissa. "Oito anos do governador e não se tem o hospital regional. Agora mandamos doentes até pra Colatina e isso é muito desgastante. O município não tem essa obrigação legal de fazer isso e ficamos tristes, porque o elo está rompido. A saúde estuda mais do que faz. Errar menos é dar mais segurança à população", acrescentou.
Para finalizar, o vereador Marquinhos Assad (PMDB) perguntou sobre a condição de se formar um grupo de atendimento específico aos idosos no município, constituído por técnicos que orientariam eles na procura por atendimento especializado. “Peço que a prefeitura estude essa possibilidade, porque daqui a alguns anos, a população idosa será maior do que a de jovens”, explicou ele.
Mais informações:
Américo Machado
Assessor de Comunicação da Câmara Municipal de Anchieta
(28) 3536-0300
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