CSU: advogado das comunidades discursa na Tribuna da Câmara

CSU: advogado das comunidades discursa na Tribuna da Câmara - Nelson Aguiar, que representa Chapada do A e Monteiro, acredita que os impactos sociais e ambientais com a vinda da siderúrgica trarão grandes prejuízos a Anchieta

30 de março de 2010 às 00h00. Atualizado a 19 horas e 20 minutos atrás.

Terça-feira, 30 de março de 2010

 

Luciana Pimentel

 

20h

A Tribuna Popular da Câmara Municipal de Anchieta foi usada na sessão desta terça-feira (30) pelo advogado Nelson Aguiar, que representa as comunidades de Chapada do A e Monteiro no processo de desapropriações em favor da construção da Companhia Siderúrgica de Ubu, empreendimento da empresa Vale.

 

Ele lamentou que a reunião na Assembleia, realizada pelo deputado Euclério Sampaio (PDT) no último dia 17, não tenha alcançado toda a população. Nelson Aguiar destacou que proposta de implantar a siderúrgica na região vai gerar riqueza para alguns, mas impactos sociais e ambientais por toda a cidade.

 

Com relação à água, ele salientou que ela não é suficiente para abastecer nem as cidades da região, muito menos uma empresa do porte da Vale. "Vejo neste Estado que o senhor governador vetou o projeto da Baosteel, alegando que a poluição da Samarco estava ultrapassando os limites do permitido e que não teria água para suprir a necessidade da empresa. Como é que agora a companhia Vale pode vir pra cá com essa conversa mole? Não sei", disse ele.

 

O vereador Marquinhos Assad (PMDB) também externou a sua preocupação com as comunidades. "Primeiro vem a preocupação com as casas. E depois virá com a água... como ficaríamos em tempos de seca?", questionou, lembrando que a Câmara está abraçando os moradores das regiões.

 

"Queremos o progresso em Anchieta, mas o ambiente deve ser preservado, as comunidades de Monteiro e de Chapada do A devem expressar a sua vontade de morar onde quiserem, sem pressão, e a Câmara não vai ser furtar da discussão", salientou o parlamentar.

 

Edinho de Souza (PV) frisou que a discussão é relevante. "O discurso do Dr. Nelson Aguiar é coerente e representa a voz de muitos. Sempre discursei contra a vinda de mais uma indústria que polua o ar em Anchieta, sou um cidadão muito feliz com a cidade do jeito que ela é, temos o suficiente para cuidar e bem da nossa população. Quando se fala em mais uma indústria, se fala de mais pessoas migrando pra cá e, depois, o que vai sobrar para o povo de Anchieta é emprego de tatu: 'para cavar buraco'. Sabemos que as empresas não cumprem as suas obrigações", lembrou ele.

 

Já o líder do governo na Casa, vereador Válber Salarine (PSDB), explicou a implantação da Samarco na cidade e destacou que, na época, essa discussão não aconteceu, porque não existia um apelo da sociedade. "As comunidades estão debatendo o assunto e hoje podem colocar os seus questionamentos. Se a empresa vem ou não, é discutível e vai gerar muitos debates, mas um aspecto muito importante é lembrar que as comunidades tem voz ativa. Se a CSU vier, a comunidade tem que se cercar de todas as garantias: qualidades dignas de vida, de empregabilidade e de que não vai faltar água na nossa região", esclareceu.

 

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