Comunidade de Chapada do A diz não às desapropriações

Comunidade de Chapada do A diz não às desapropriações - A presidente da Associação de Moradores, Shenely de Oliveira, esclareceu que os moradores não são contra o progresso, mas que ele seja feito de forma respeitosa aos idosos que vivem no bairro

23 de março de 2010 às 00h00. Atualizado a 7 horas e 8 minutos atrás.

Terça-feira, 23 de março de 2010

 

Luciana Pimentel

 

19h30

A série de desapropriações ocorridas nas comunidades de Monteiro e Chapada do A face a chegada da usina Siderúrgica de Ubu, da Vale, foi tema de debate na tribuna popular da Câmara Municipal de Anchieta na noite desta terça-feira (23). A moradora da comunidade de Chapada do A, Shirmerly de Oliveira Pereira, pediu apoio do Legislativo para que as desapropriações sejam contidas.

 

Ela explicou que a comunidade está indignada e unida pelos seus direitos, alertando que eles não são contra o progresso, mas não querem que ele destrua a paz e as residências deles, ambiente normalmente tranqüilo e que, nos últimos dias, está "um inferno".

 

"Falta de respeito e responsabilidade com as pessoas que residem na comunidade, a cada dia um fato novo mostra que ninguém está preocupado com as nossas famílias, que estão sendo obrigadas a saírem de suas terras como se não fossem os donos de suas propriedades. Amamos o lugar onde moramos e que a nossa comunidade vive em um ambiente com amor, respeito e dignidade, em terras que estão lá há mais de 100 anos", explicou a presidente.

 

Shirmerly lembrou que stão pressionando até os idosos a saírem de suas casas para que elas sejam desapropriadas para a construção da usina. "Eles passam mal com a notícia, estão tratando como se a gente tivesse invadido a comunidade, vieram para causar inquietações e agem como se a gente que tivesse fazendo isso. É um apelo, nos vemos sem apoio nenhum e precisamos da ajuda de vocês. Venho em nome de 70 famílias e peço aos vereadores que olhem com cuidado pela nossa comunidade", disse ela.

 

Chapada do A pode desaparecer com a instalação da usina. Moradores reclamam da quantidade de pessoas que estão se alojando no bairro, levando uma sensação de insegurança às famílias. A presidente em exercício da Câmara, vereadora Dalva da Matta Igreja (PDT) colocou os nove vereadores à disposição dos moradores e salientou a união de todos em favor dos moradores.

 

"Nós devemos estar junto com a comunidade, porque lá existem pessoas que nasceram na localidade e não querem sair. Fico indignada, mas infelizmente o que podemos fazer como vereadores é acompanhar o caso e pedir ao prefeito que vá a comunidade e veja com carinho essa questão", disse a parlamentar.

 

Dalva lembrou que estima-se a chegada de 30 mil pessoas a mais em Anchieta entre os anos de 2011 e 2012. "Estamos aqui para ajudar e me coloco à disposição para convidar o prefeito para ir a comunidade, ouvir o apelo e ver o que ainda se pode fazer", frisou ela.

 

O líder do governo na Câmara, vereador Válber Salarine (PSDB), lembrou que os parlamentar sabem muito pouco sobre a interferência da Vale dentro do município. "A empresa mostrou toda a infraestrutura em seminário na semana passada, mas pontos como o deslocamento das famílias ainda ficaram para trás. Pelo que a Vale nos passa, já existem conversas adiantadas com a comunidade, mas infelizmente, quando a empresa passa na comunidade, nós nem ficamos sabendo. Pedimos para ser convidados para ouvir o que a empresa tem a dizer e o que vocês estão sentindo", pediu o parlamentar.

 

Ele lembrou ainda que "representamos as comunidades, e não a Vale, e queremos participar dos debates profundamente e pedimos a colaboração de vocês para nos avisar quando as reuniões acontecerem", disse, lembrando que, no próximo sábado (27), haverá uma reunião sobre o assunto no Centro de Convivência do bairro a partir das 19 horas. Já a Vale irá ao Plenário da Câmara na segunda-feira (29), apresentar o projeto para a instalação da usina. 

 

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